A Airbus vendeu 1.823 aeronaves em todas as variantes do A330, tornando-se a aeronave de corpo largo mais vendida da família Airbus.
O Airbus A330 é a família de jatos executivos de grande corpo mais bem-sucedida do fabricante europeu, que até agora vendeu mais de duas vezes que outras opções de corpos grandes. A série New Engine Option, a atual geração de aviões baseados nos A330 clássicos, está apenas decolando, mas até agora ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a glória dos antecessores, pelo menos nos livros de vendas.
A330neo não está replicando o sucesso do CEO?
A Airbus vendeu 1.823 aeronaves em todas as variantes do A330, tornando-se a aeronave de corpo largo mais vendida da família Airbus. Em comparação, outros corpos largos do mesmo fabricante, as famílias A340 e A350, acumularam 377 e 935 pedidos, respectivamente (em 31 de janeiro de 2020). Isso sem mencionar o A380, que foi cancelado devido à falta de pedidos.
No entanto, a esplêndida carteira de encomendas do A330 é suportada principalmente pelas duas versões clássicas de aeronaves de passageiros, o A330-200 e o A330-300. Juntos, eles acumularam 1.445 pedidos antes de serem substituídos pela nova e aprimorada série New Engine Option (neo). O A330neo, no entanto, até agora recebeu apenas 337 pedidos.
A família A330neo abrange dois aviões a jato de corpo inteiro. O primeiro a entrar em serviço, o A330-900, é baseado no corpo largo mais popular da Airbus, o A330-300.
O avião re-motorizado fez o seu primeiro voo em outubro de 2017 e, após receber autorização das autoridades no ano seguinte, entrou no serviço comercial de passageiros com a TAP Air Portugal no final de 2018.
Até agora, a Airbus recebeu 323 pedidos para o jato em 31 de janeiro de 2020, indicam os livros do fabricante. Atualmente, o maior cliente do A330-900 é o AirAsia X, que atualmente é responsável por quase um quarto (78 aeronaves) do total de reservas.
Entregas diferidas e cortes na produção?
No entanto, devido ao novo surto contínuo de coronavírus Covid-19 e à subsequente queda na demanda de viagens, o CEO da AirAsia X Benyamin Ismail revelou no final de fevereiro de 2020 que a companhia aérea estava adiando as próximas entregas do A330neo. A companhia aérea estava procurando maneiras de empregar aeronaves de corpo estreito, como o Airbus A321, em rotas de “desbaste” que já haviam sido servidas com o A330.
Em resposta, a Airbus está considerando cortes na taxa de produção do A330neo, informou a Bloomberg em 4 de março de 2020, citando fontes familiares ao assunto. A decisão pode chegar já no final do mês, como também descrito na publicação.
Em 2019, o fabricante entregou 41 aeronaves A330neo.
A330-800: ainda não vende, mas voa?
A mais nova adição da Airbus à família, o A330-800, também contrasta com a geração anterior quando se trata de vendas.
Depois de iniciar sua campanha de testes de voo em novembro de 2018, o Airbus A330-800 recebeu seu certificado de tipo conjunto da Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA) e da Administração Federal de Aviação (FAA) em 13 de fevereiro de 2020.
O A330-800 é um sucessor do A330-200. As duas aeronaves compartilham especificações semelhantes em termos de capacidade: -200 assentos entre 210-250 passageiros em configuração de três classes, enquanto -800 assentos entre 210-260; ambas as aeronaves podem acomodar até 406 passageiros em uma configuração de alta densidade. Mas enquanto a aeronave mais antiga tem um alcance de 13.450 km, o novo avião de passageiros tem um alcance maior e pode voar 15.094 km.
No entanto, apesar de todas as atualizações, uma coisa que o -800 não compartilha com seu antecessor é o sucesso nas vendas. Enquanto a Airbus vendeu um total de 660 A330-200s ao longo de seus anos de produção, o A330-800 encomendou em 31 de janeiro um total modesto de 14. A única companhia aérea que demonstrou maior interesse no avião é o cliente de lançamento Kuwait Airways, que tem um pedido para oito aeronaves. A Uganda Airlines aguarda duas aeronaves, enquanto mais quatro aviões foram encomendados por clientes não revelados.
Fonte: AeroTime / AsasBrasil
